Com os gregos para além de se estabelecer uma Indústria do vinho, elevou-se o vinho a um produto de referência, digno das divindades gregas – havendo mesmo um Deus do vinho – Dionísio, filho de Zeus.
O vinho era bebido pelos gregos em círculos sociais especialmente quando se discutiam assuntos filosóficos com o intuito de potenciar a paz de espírito e a clarificação de ideias.
A importância e o relevo que os gregos davam ao vinho estão bem evidentes nas obras-primas de Homero, Odisseia e especialmente em Ilíada.
Com os romanos o vinho é generalizado a todas as refeições do dia e a todo o espectro da sociedade, até aos escravos, que eram considerados a “ralé” da sociedade, era permitido beberem vinho. Era típico das festas romanas das altas individualidades, as “bacanais” onde praticamente tudo era permitido – orgias, bebedeiras, ingestão de comida de forma selvagem entre outras excentricidades. Havia mesmo o Deus Baco, Deus do vinho, festas e folia. Mais se deve aos romanos, como o estabelecimento de quase todas as regiões vitivinícolas históricas existentes na Europa Ocidental, classificação das uvas de acordo com a variedade e com a cor, observação e escalonamento de características de amadurecimento, identificação de doenças, potenciação das vinhas através de técnicas de irrigação e fertilização, armazenamento do vinho em barris e em jarras de vidro entre outros aspectos.
Com a queda do Império Romano, a popularidade do vinho decaiu e só por altura da Renascença voltou a ressurgir. E para o aumento da popularidade do vinho muito contribuiu a religião pois o vinho era peça central da Eucaristia e por isso os monges trataram de plantar vinhas e produzir vinho de modo a que ele não faltasse nas celebrações religiosas. Os monges, principalmente os monges beneditinos e os monges de Cister, eram os principais produtores de vinho na Europa Central e foram os responsáveis pela a industrialização do vinho em regiões vitivinícolas famosas como Bordeaux e Champagne.
Contudo merece menção que a primeira região vitivinícola demarcada do mundo foi criada em Portugal pelo Marquês de Pombal – região demarcada do Douro, que é donde se extrai o famoso vinho do Porto.
No século XIX com fortes intempéries e outras calamidades naturais só as vinhas com mais qualidade e com condições mais apropriadas sobreviveram fazendo-se assim uma selecção natural das regiões com melhores vinhos.
Actualmente o vinho é cada vez mais um produto credenciado e destacado no comércio de bebidas e existe vinhos para todas ocasiões, momentos, refeições e é claro para todas as carteiras – desde o vinho da casa ou o vinho de mesa vendido por um punhado de euros até, por exemplo, até um “Château Lafite Rothsfield” que pode custar dezenas ou centenas de milhares de euros por cada garrafa.